Figo, o rei da Fajã da Ovelha |
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Na crónica deste mês vamos falar acerca do figo, uma infrutescência que pertence à família Moraceae e que reúne mais de 800 espécies. O figo é conhecido há muitos séculos pelo seu carácter curativo: regula a digestão, estimula a capacidade de concentração, melhora o ânimo e elimina o nervosismo. O famoso médico grego Hipócrates já recomendava o figo para combater a desnutrição, enquanto o seu compatriota Galeno aconselhava aos atletas gregos o seu consumo como alimento básico das suas dietas. Com um sabor ligeiramente doce, este alimento é conhecido pela sua polpa consistente e textura crocante e lisa. Em termos nutricionais, na sua composição salienta-se a riqueza em hidratos de carbono, maioritariamente monossacáridos, principal fonte de energia utilizada pelo nosso organismo. |
Em termos energéticos, possui aproximadamente 70 kcal por 100 g. No que toca à sua riqueza em vitaminas e minerais, podemos destacar o seu teor em vitamina E, magnésio e potássio, sendo uma das fontes vegetais mais ricas em cálcio. O magnésio é importante para a redução do cansaço e da fadiga, o potássio ajuda a controlar a pressão sanguínea, enquanto o cálcio promove a densidade óssea. A presença de fibra alimentar, quer solúvel quer insolúvel, faz do figo um ótimo aliado do trânsito intestinal, e tem mostrado redução significativa na probabilidade do aparecimento de cancro da mama e do cólon. É possível neste alimento encontrar inúmeros fitoquímicos de acordo com a espécie e consequente coloração (preta, vermelha, amarela e verde), estando estas substancias mais presentes nas variedades mais escuras. Dentro dos fitoquímicos, destaca-se a rutina, a cianidina, o ácido clorogénico, todos com propriedades antioxidantes e que podem restringir o metabolismo das células cancerígenas. Delicie-se e junte os figos típicos desta época à sua saúde e prazer à mesa!
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