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Meteorologia agrícola
A informação técnica semanal ao seu dispor!

apuramentos DICAs429 (LEGENDA)

meteorologia agricola DICAs 437

Humidade do ar

É a quantidade de vapor de água presente na atmosfera, proveniente da evaporação da água dos oceanos, mares, lagos, rios e também dos solos. Se, por exemplo, houver a informação que a humidade relativa do ar está aumentando, ou seja, próxima a 100%, existe uma grande possibilidade de ocorrer chuvas. Por outro lado, se a humidade do ar estiver diminuindo, dificilmente ocorrerão chuvas.

A água, sob a forma de vapor ou de gotículas, está sempre presente na atmosfera, o que pode ser constatado ao observarmos o orvalho que cobre a vegetação de manhã, principalmente nos dias frios.

Em regiões de baixa humidade relativa do ar, com temperaturas elevadas, solos pouco húmidos e com fortes rajadas de ventos, os frutos não conseguem manter o equilíbrio hídrico, ocasionado assim a queda de flores, frutos e folhas. A manga, a maça, os citrinos e o abacateiro são exemplos de plantas que perdem grande quantidade de frutos.

A humidade relativa do ar é a relação entre a quantidade de vapor de água (calculada em gramas por metro cúbico de ar (g/m³)), o volume e a temperatura da atmosfera de um determinado lugar.

meteorologia DICAs439 2Condensação da humidade do ar

A humidade do ar pode se condensar na forma de orvalho (ver figura à esquerda) ou na forma de nevoeiro.

Formação de orvalho

O orvalho (“sereno”) é a deposição de gotas de água por condensação direta do vapor de água, geralmente sobre superfícies frias, pela irradiação noturna (perda de calor do solo) e forma-se em condições meteorológicas que facilitem a irradiação do calor do solo para o espaço (céu sem nuvens e sem poeira). O nevoeiro forma-se pelo arrefecimento do ar durante o contato com a superfície do solo ou pela evaporação de água morna no ar frio.

 

 

previsoes DICAs429 (NOTA)

Importância da humidade de ar na agricultura

A humidade do ar acarreta inúmeros efeitos benéficos para a agricultura, dos quais se destacam:

• Regula a secagem dos solos;
• Aumenta a fotossíntese, quando aliada a altas temperaturas do ar;
• Regula a transpiração das plantas. A um nível muito alto de humidade do ar as plantas reduzem a transpiração e podem paralisar suas atividades metabólicas;
• Influencia no armazenamento da produção. Frutas quando armazenadas devem permanecer na câmara a um nível de humidade relativa ideal para cada espécie. Humidade relativa muito alta pode causar perda de frutos por podridões e distúrbios fisiológicos. Por outro lado, quando muito baixa, causa a desidratação e perda de qualidade e peso dos frutos;
• Influi na evaporação da água dos açudes e no dimensionamento dos mesmos para irrigação;
• Baixa humidade relativa do ar, aliada a uma alta temperatura, pode acelerar a volatilização de herbicidas aplicados.

De acordo com os apuramentos meteorológicos emitido pelo IPMA para o período compreendido entre 07 a 13 de julho (ver quadro), as condições do estado do tempo mantiveram-se sensivelmente iguais às da semana anterior, o que revela alguma estabilidade meteorológica, com os valores da temperatura a aumentar ligeiramente, a velocidade do vento a fazer-se sentir de forma moderada nas zonas montanhosas, sem influência direta nas zonas cultivadas, e a precipitação praticamente inexistente.

A disponibilidade de água no solo depende do balanço entre chuva e evapotranspiração. Verifica-se que os valores da precipitação estão bem abaixo dos da evapotranspiração (ver quadro), pelo que é necessário proceder às regas, sempre de acordo com as necessidades hídricas das culturas.

Segundo as previsões do IPMA até 23 de julho (ver quadro), as condições do estado do tempo vão manter-se amenas, estando previsto um ligeiro aumento da temperatura para os próximos dias em toda a Região.

Na execução das operações culturais, na sua exploração agrícola, nomeadamente as regas e aplicação de produtos fitofarmacêuticos, deve evitar sempre as horas mais quentes do dia.

Aconselha-se manter a monitorização às culturas, por forma a detetar os sinais e/ou sintomas de pragas ou doenças e poder, assim, agir de forma atempada no respetivo combate, minimizando eventuais prejuízos. Os tratamentos fitofarmacêuticos devem ser realizados em conformidade, com a leitura prévia e atenta dos rótulos), não esquecendo também que é obrigatório o registo no caderno de campo de todos os tratamentos fitofarmacêuticos efetuados.


Miguel Teixeira
Divisão de Assistência Técnica Agronómica 
Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural
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Telef.: 291 211 260

 

Para informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural:

Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico /DSDA
Divisão de Assistência Técnica Agronómica /DATA
Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Telef.: 291 211 260

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