Meteorologia agrícola
|
||
(LEGENDA) Temperatura do solo A temperatura do solo é a medida da quantidade de calor que se encontra na camada de solo explorada pelas raízes das plantas cultivadas. A temperatura do solo depende, basicamente, da transferência de calor e da quantidade de calor absorvida, os quais por sua vez dependem do tipo do solo. Além disso, essa variação é afetada pela interação com outros fatores, entre eles: • Cor do solo – solos escuros absorvem mais radiação solar e aquecem mais do que os claros; A temperatura do solo é um fator de extrema importância para o desenvolvimento das plantas. A importância da temperatura do solo, para um bom desenvolvimento das plantas, verifica-se em alguns aspetos, tais como: • Germinação das sementes – quanto menor a temperatura do solo, mais demorada é a germinação e a emergência da cultura; Controlo da temperatura do solo O conhecimento do comportamento da temperatura no perfil do solo torna-se de extrema relevância para uma boa produção. |
(NOTA) Para um melhor controlo da temperatura, utilizamos a cobertura do solo. Como exemplo, salientamos dois tipos de cobertura de solo: • Cobertura com plástico preto – aumenta a temperatura do solo em alguns graus e outra vantagem é que elimina a maioria das ervas daninhas da zona de plantação. Este tipo de cobertura pode durar até dois anos. Considerando-se que cada cultura tem uma temperatura base, abaixo da qual paralisa o seu desenvolvimento, somam-se então os graus de temperatura acima da temperatura base, de todos os dias do ciclo cultural. O total desta soma é denominado “soma térmica” e sabe-se que a cultura não completa o seu ciclo enquanto não for atingido o valor mínimo de graus dia necessários. De acordo com os apuramentos meteorológicos emitidos pelo IPMA para o período compreendido entre 22 e 28 de junho (ver quadro), não se registaram oscilações significativas nas condições do estado do tempo, com os valores das temperaturas a se manterem amenos e a velocidade do vento a fazer-se sentir de forma moderada nas zonas altas. Na execução das operações culturais na exploração agrícola, nomeadamente as regas e a aplicação de produtos fitofarmacêuticos, dever-se-á evitar sempre as horas de maior calor. Verifica-se que os valores da precipitação mantêm-se bem abaixo dos valores da evapotranspiração (ver quadro), indicando assim a necessidade de regar as culturas, dado que a disponibilidade de água no solo depende do balanço entre a chuva e a evapotranspiração, mas sempre de acordo com as necessidades hídricas das culturas. Segundo as previsões do IPMA até 08 de julho (ver quadro), serão poucas as alterações nas condições do estado do tempo, continuando o tempo ameno, a nebulosidade a manter-se em toda a Região e os aguaceiros, a acontecer, será de forma esporádica e com maior incidência a norte. Aconselha-se manter a monitorização às culturas, por forma a detetar os sinais e/ou sintomas de pragas ou doenças e poder, assim, agir de forma atempada no respetivo combate, minimizando eventuais prejuízos. Os tratamentos fitofarmacêuticos devem ser realizados em conformidade, com a leitura prévia e atenta dos rótulos), não esquecendo também que é obrigatório o registo no caderno de campo de todos os tratamentos fitofarmacêuticos efetuados.
|
|
Para informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural: Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico /DSDA |
- Detalhes