Meteorologia agrícola
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(LEGENDA) Os fatores e elementos climáticos Os elementos são as grandezas meteorológicas que comunicam ao meio atmosférico as suas propriedades, características e peculiaridades. Os principais elementos são a temperatura, a humidade, a precipitação pluvial (chuva), o vento, a nebulosidade e a pressão atmosférica, entre outros. Estes elementos variam no tempo e no espaço e são influenciados pelos chamados fatores climáticos, agentes causais que condicionam os elementos climáticos. Rigorosamente, uma distinção entre fator e elemento é, em muitos casos, artificial. Por exemplo, a radiação pode ser um fator que promove variações das condições atmosféricas, mas, considerando-a isoladamente, é também um elemento climático, dependente da latitude, altitude e época do ano. Em escala global, os fatores físicos capazes de modificar o clima podem ser classificados como externos e internos. Destacam-se os seguintes fatores externos: • Flutuação na quantidade de energia solar emitida; Em escala regional ou local, outros fatores podem ser acrescentados: altitude, relevo, presença do mar (maritimidade), continentalidade, latitude, tipo de solo, rotação da Terra, estações do ano, vegetação, correntes oceânicas, etc. Escala espacial dos fenómenos atmosféricos A ocorrência dos fenómenos atmosféricos pode ser separada em três grandes categorias, ou seja, macro, meso e microescala. São elas: 1. Macroescala: trata dos fenómenos em escala regional ou geográfica, que caracterizam o clima de grandes áreas pelos fatores geográficos (altitude, latitude, etc.). Esta escala deve ser focalizada quando se discute mudança climática. |
(NOTA) 2. Mesoescala: refere-se aos fenómenos em escala local, em que a topografia (topo ou meso) condiciona o clima pelas condições de relevo local. A exposição do local (definida pelas coordenadas celestes E, S, E ou W), a configuração (vale, espigão, encosta) e a inclinação do terreno determinam o clima local. 3. Microescala: é aquela que condiciona o clima em pequena escala (microclima), sendo função do tipo de cobertura do terreno (solo nu, gramado, floresta, cultura rasteira, represa, etc.) e que determina o balanço local de energia. O fator principal é a cobertura do terreno e cada tipo de cobertura tem influência própria sobre o microclima. De acordo com os apuramentos meteorológicos emitidos pelo IPMA para o período compreendido entre 13 e 19 de abril (ver quadro), as condições do estado do tempo melhoraram ligeiramente relativamente à semana anterior. A temperatura com valores primaveris, a velocidade do vento a fazer-se sentir de forma moderada e a precipitação a baixar significativamente. A disponibilidade de água no solo depende do balanço entre a chuva e evapotranspiração. Verifica-se que os valores da precipitação estão sensivelmente equilibrados com os valores da evapotranspiração(ver quadro), o que permite suspender as regas. Segundo as previsões do IPMA até 29 de abril (ver quadro), voltar-se-á a ter um agravamento nas condições do estado do tempo, com o aumento significativo da nebulosidade e aguaceiros em toda Região. Com estas condições climáticas, há que observar atentamente as culturas, de modo a detetar os primeiros sintomas de doenças e, assim, poder agir de forma atempada, minimizando eventuais prejuízos. Os tratamentos preventivos contra os fungos devem ser equacionados e agendados e realizados em conformidade.
Miguel Teixeira |
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Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural: Direção de Serviços de Desenvolvimento Agronómico /DSDA |
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