Meteorologia agrícola
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(LEGENDA) De acordo com os apuramentos meteorológicos no período compreendido entre 15 e 21 de setembro (ver quadro), verificamos que não há muitas alterações relativamente à semana anterior, ou seja, os valores de precipitação estão a aumentar gradualmente em toda a região e as temperaturas continuam relativamente altas. As regas continuam a ter muita importância nesta época do ano, ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP) que evidenciam ainda esta necessidade. Por este motivo, deveremos estar muito atentos às necessidades hídricas das culturas por forma a evitar eventual stress hídrico. Quer as regas quer a eventual aplicação de produtos fitofarmacêuticos, deverão ser sempre efetuadas nas horas de menor calor. Nas previsões climáticas para a próxima semana (até 1 de outubro), não são esperadas muitas alterações, ou seja, haverá continuação de nebulosidade em toda a região, podendo alternar com céu limpo e/ou aguaceiros, temperaturas máximas com tendência para baixar, precipitação pouco significativa e a acontecer apenas a norte da região. Uma vez que estamos ainda no período da colheita da maçã (a mais tardia), e consequente início do fabrico da sidra, é oportuno fazer duas chamadas de atenção sobre esta cultura. Macieira Pedrado – Venturia inaequalis (Cke) Wint. O pedrado é a mais grave doença anual das macieiras, que obriga a uma vigilância aturada dos pomares e à aplicação de um programa de tratamentos rigoroso, sob o risco de a cultura sofrer prejuízos irreparáveis. Se nesta altura os suas maças apresentam os sintomas de pedrado (Ver foto1), já nada poderá fazer para reverter esta situação.
Para reduzir o risco de pedrado na próxima campanha aconselha-se a destruição das folhas, enterrando-as ou aplicando ureia a 5%. A pulverização deverá ser feita à queda de um terço das folhas, tanto nas da copa como nas caídas sobre o solo. Nota: Se no seu pomar existem problemas de cancro pode fazer o tratamento em simultâneo com a ureia, usando produtos à base de cobre. |
(NOTA) Mosca-da-Fruta ou Mosca do Mediterrâneo – Ceratitis capitata Wied. A mosca do Mediterrâneo ataca os frutos de variadíssimas espécies fruteiras - pêssegos, damascos, nectarinas, maçãs (foto 2), peras, laranjas, tangerinas, figos, diospiros, nêsperas, uvas e muitos outros - e pode causar a perda total da produção.
Face à presença deste inseto, facilmente detetável, pela observação de picadas nos frutos ainda existentes nas parcelas, recomenda-se a sua eliminação, enterrando-os a 50-60 cm, de forma a reduzir a população da praga para o ano seguinte. Recomenda-se avançar rapidamente com a colheita, procurando escapar a mais ataques da praga. Nesta altura, não deve e não pode aplicar inseticidas contra a mosca, pois, como nos encontramos “em cima” da colheita, já não poderia respeitar o intervalo de segurança dos produtos fitofarmacêuticos. Nota: recomendamos a retirada e enterramento dos frutos atacados e/ou caídos nas parcelas, esta medida cultural, é extensível a todas as fruteiras, alvos desta praga, à medida que atinjam o início da maturação.
Miguel Teixeira |
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Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural: Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA |
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