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Meteorologia agrícola
A informação técnica semanal ao seu dispor!

apuramentos meteorologicos semana52 (LEGENDA)

De acordo com os apuramentos meteorológicos do período compreendido entre 07 e 13 de julho (ver quadro), não houve praticamente precipitação. Relativamente às temperaturas, estas continuam acima da média.

Com estes valores de precipitação temos de estar atentos às necessidades hídricas das culturas e efetuar as regas com maior frequência. Quer as regas quer a eventual aplicação de produtos fitofarmacêuticos deverão ser efetuadas nas horas de menor calor.

Poucas são as alterações nas previsões climáticas para a próxima semana (até 23 de julho): alguma nebulosidade, precipitação apenas a norte da Região e com as temperaturas a baixar ligeiramente.

LAGARTA DA COUVE (Pieris brassicae)

foto1 adulto pieris brassicae  
Foto 1 - Adulto Pieris brassicae

A borboleta da couve - Pieris brassicae (foto 1) é uma das espécies mais comuns da Europa, pertencendo à família Pieridae.

Voa desde o início da Primavera até ao final do Verão, ao longo de várias gerações, sendo que na última hiberna na forma de crisálida até à Primavera do ano seguinte.

Na altura de formarem a crisálida, afastam-se da sua planta hospedeira e fixam-se em paredes e muros onde permanecem até à eclosão da borboleta.

O segundo voo desta praga decorre durante os meses de julho, agosto e parte de setembro. Cada fêmea deposita nas folhas das couves de diversas espécies e variedades cerca de 300 ovos, agrupados aos 20 ou 30. Quando eclodem, as larvas mantêm-se juntas até atingirem praticamente o estado de desenvolvimento final (foto 2), causando prejuízos assinaláveis nas plantas, sobretudo nas plantações recentes.

foto2 larvas da lagarta da couve
Foto 2 - Larvas da lagarta da couve (Pieris brassicae
foto3 ovos depositados na pagina inferior
Foto 3 - Ovos depositados na página inferior

Deve vigiar a cultura. Em pequenos quintais, podem retirar-se as folhas com ovos (foto 3) ou com lagartas, ou retirar apenas os ovos e lagartas, evitando o recurso a inseticidas.

Em explorações comerciais, podem ser aplicados inseticidas diversos homologados, quando se justifique (CIFLUMAX, CYTHRIN 10 EC, DECIS, DECIS EXPERT, STEWARD, KARATE ZEON, KARATE +, JUDO, ATLAS, NINJA com ZEON).

No modo de produção biológico estão autorizados inseticidas à base de azadiractina (ALIGN, FORTUNE ASA) e de Bacillus thuringiensis (PRESA, SEQURA, TUREX). Para ser eficaz, deve ser aplicado quando aparecerem as primeiras larvas.

 

previsoes meteorologicas semana52 (NOTA)

ROSCAS (NÓCTUAS) - Agrotis sp.

foto4 adulto agrotis sp  
Foto 4 – Adulto agrotis sp. 
foto5.1 roscas noctuas no estado larvar
foto5.2 roscas noctuas no estado larvar
Fotos 5 - Roscas/nóctuas no estado larvar

Os adultos (borboletas) medem 4 a 5 cm de comprimento (foto 4). Têm um corpo consistente, de cor cinzenta e apresentam ornamentações características de cada espécie. As lagartas podem atingir 5 cm de comprimento. São cinzentas ou verdes (fotos 5) e enrolam-se sobre elas mesmas assim que se lhes toca.

Os adultos voam no Verão. As fêmeas fazem a postura de numerosos ovos, na página inferior das folhas do morangueiro ou nas infestantes. As jovens lagartas são ativas, sobretudo à noite, e dissimulam-se no solo ou junto ao colo da planta durante o dia.

No estado larvar, esta espécie pode destruir várias plantas. Os seus ataques provocam elevados danos e devem ser alvo de grande preocupação por parte do agricultor uma vez que quando aparecem, na maior parte dos casos, de forma massiva, destroem grande parte da cultura.

É também muito frequente os estragos causados se alargarem ao nível do solo (raiz/pé da planta).

Hibernam no solo, durante o Inverno e pupam na Primavera.

Uma pesquisa atenta permite detetar a presença da lagarta cinzenta, enrolada sobre ela mesma, junto à planta ou enterrada no solo. As lagartas destes lepidópteros observam-se em todas as regiões do país, de julho a setembro.

As lagartas vivem, isoladamente, à superfície do solo e atacam plantas jovens, no outono, ao nível do colo.

Como medida preventiva, deve se manter as hortícolas e florícolas e áreas nas imediações, limpas de ervas infestantes, pois as borboletas de algumas roscas procuram as plantas espontâneas para porem os ovos. Para o combate direto, em caso de infestação, proceda como para a lagarta verde da couve.

Miguel Teixeira
Divisão de Assistência Técnica à Agricultura/DSDA
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural:

Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA
Divisão de Assistência Técnica à Agricultura /DATA
Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Telef.: 291 211 260