Meteorologia agrícola
|
||||
(LEGENDA) Segundo os apuramentos meteorológicos para o período, compreendido entre 31 de março e 6 de abril (ver quadro), verificou-se a continuidade de precipitação, mas a baixar, duma maneira geral em toda a região, relativamente à semana anterior. Verificou-se muita nebulosidade e precipitação, com os valores das temperaturas médias a baixar, precisamente no início da primavera, o que não seria de esperar, para esta época do ano. Com estas condições do estado do tempo, apenas devemos manter a necessidade de efetuar as regas, na costa sul. Ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP) que evidenciam esta realidade. Poucas alterações nas previsões climáticas para a próxima semana (até 16 de abril), ou seja, na costa sul, alguma nebulosidade com pouca precipitação, e na costa norte, muita nebulosidade acompanhada de precipitação, por vezes forte. As vinhas devem ser monitorizadas por forma a escolher de acordo com as condições climatéricas, a melhor estratégia de defesa contra o míldio. Vinha Míldio (Plasmopara vitícola) – parte 1 Para que ocorram as infeções primárias do míldio da videira, é necessário reunir três fatores essenciais (a conhecida regra dos três 10), são eles: • Pâmpanos com 10 cm ou mais como estado dominante na vinha; • Ocorrência de, pelo menos, 10 mm de chuva, num só ou em dois dias seguidos; • Temperaturas mínimas diárias iguais ou superiores a 10ºC. As vinhas com boa exposição solar (localizadas a sul - grande maioria) e/ou podadas cedo, já apresentam pâmpanos com mais de 10 cm e que podem eventualmente ser infetados pelo míldio. Existe a iminência de haver a ocorrência de infeções primárias, devido às chuvas dos últimos dias e temperaturas mínimas acima de 10ªC. Mas como a previsão meteorológica aponta para a manutenção de temperaturas mínimas acima dos 10ºC nos próximos dias, mas por outro lado pouca precipitação, (exceto o concelho de Santana), recomendamos que aguarde antes de efetuar qualquer tratamento fitossanitário, mas seguir atentamente o desenvolvimento fenológico da vinha e as previsões meteorológicas (sua evolução), antes de decidir qualquer tratamento antimíldio. |
(NOTA) Medidas Preventivas
• Cortar a vegetação do revestimento do solo da vinha, para permitir uma melhor circulação do ar e evitar a manutenção de um ambiente húmido favorável ao míldio; • Cortar ladrões e rebentos muito baixos e inúteis, que, sendo infetados primeiro, servem de “escada do míldio” para a vegetação situada mais acima; • Evite a existência de poças de água no interior da vinha; • Não mobilize o solo nesta altura, para reduzir os salpicos de chuva que venha a ocorrer e que transportam os esporos do míldio para as folhas e pâmpanos da videira. Pelo contrário, o revestimento do solo com vegetação rasteira, bem cortada, absorve o impacto da chuva e reduz ou anula os salpicos. Para combate ao míldio da videira no Modo de Produção Biológico, são autorizados produtos à base de cobre. Na próxima edição do DICAs, abordaremos novamente este tema, desenvolvendo com mais pormenor as estratégias de proteção contra o míldio da vinha. Miguel Teixeira |
|||
Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural: Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA |
- Detalhes