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Meteorologia agrícola
A informação técnica semanal ao seu dispor!

apuramentos meteorologicos (LEGENDA)

CLIMATOLOGIA

Segundo os apuramentos meteorológicos de 26 de março a 1 de abril (ver quadro), verificaram-se alterações nas condições do estado do tempo, ou seja, finalmente clima de inverno. Muita nebulosidade, precipitação a níveis médios e temperaturas médias a baixar, próprias para a época.

Atenção à frequência das regas, uma vez que os níveis de precipitação estão a aumentar, reduzir, o quanto baste, esta prática. Ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP). Regar de acordo com as necessidades hídricas das culturas.

A previsão do estado do tempo para os próximos dias (até 11 de abril), com poucas alterações, muita nebulosidade, temperaturas máximas a baixar e ainda a manter-se níveis de precipitação médios, (período de aguaceiros).

Manutenção e melhoramento de solos

manutencao solos

As regiões acidentadas devem ser preservadas e não ocupadas para o desenvolvimento da agricultura, assim como as áreas de solos frágeis que facilmente são afetadas com a erosão.

Um dos principais impactos oriundos da ocupação rural são as erosões, isso ocorre porque a cobertura vegetal original é retirada, tornando o solo propício a sofrer processos erosivos.

Nas propriedades rurais, com o intuito de evitar o surgimento de erosão, é importante que o produtor tome algumas medidas preventivas:

• Realizar a plantação acompanhado de uma curva de nível, essa é uma das mais bem sucedidas práticas de contenção. A curva de nível evita que a água da chuva desça a vertente com grande velocidade, dessa forma, não provoca erosão;• Regiões muito acidentadas devem ser preservadas e não ocupadas para o desenvolvimento da agricultura, assim como as áreas de solos frágeis que facilmente são afetadas com a erosão.

Revestimento do solo e controlo de infestantes em pomares novos

• As infestantes podem atrasar o crescimento das jovens árvores, consumindo os nutrientes disponíveis e a água e por vezes, dificultando a entrada da luz;

• Para limitar a concorrência das ervas infestantes em pomares novos, pode proceder-se, nos dois anos que antecedem a plantação, à sementeira de uma cultura para “adubo verde”, como por exemplo sorgo forrageiro, tremoço, trevos, etc.;

• Estas culturas de pré-plantação aumentam a quantidade de matéria orgânica no solo e “abafam” grande número de ervas infestantes, sobretudo as que mais necessitam de luz, como a junça ou os quenopódios;

• Deve conservar-se a linha desprovida de ervas e manter uma banda enrelvada nas entrelinhas. Esta banda enrelvada pode ser semeada ou espontânea;

• Se for semeada, deve ser constituída por gramíneas e leguminosas, de preferência com sementes de origem local, bem-adaptadas às condições locais;

 

previsoes meteorologicas (NOTA)

revestimento solos

• Sendo espontânea, basta deixar instalarem-se plantas cujas sementes já existem no terreno e que são aí comuns- trevos, serradela, mentrastos, azevéns, camomila, etc.;

• No entanto, um enrelvamento natural pode ser melhorado, introduzindo outras plantas por sementeira como a festuca, azevém, trevo, serradela, etc. Podemos ainda destacar o trevo morango, que floresce no verão, em altura não coincidente com as fruteiras e assim não desvia os insetos de as polinizarem. As plantas locais produtoras de pólen, podem favorecer a existência de populações maiores e mais estáveis de insetos auxiliares;

• Estes cobertos vegetais devem ser cortados regularmente entre a primavera e o outono, com o cuidado de não ter plantas floridas na altura da floração das árvores, para evitar que os polinizadores se desviem para o coberto do solo, deixando de polinizar as flores das árvores de fruto. Também se deve efetuar um corte da vegetação, se esta estiver florida, antes de aplicar tratamentos inseticidas, de modo a reduzir o risco de matar abelhas e outros auxiliares;

• Os enrelvamentos protegem da erosão, permitem a manutenção dos organismos benéficos do solo (bactérias fixadoras do azoto, fungos benéficos e outros micro-organismos, minhocas, insetos auxiliares) e melhoram a estrutura do solo;

• A partir do quarto ano de instalação do pomar, poderá fazer-se a cobertura do solo na linha com fitas e serrim de madeira de coníferas (pinheiro, cedro, cipreste) ou de carvalho, com uma espessura de 10 cm. Estas coberturas impedem o crescimento da maioria das ervas espontâneas e reduzem a lixiviação dos nitratos, melhoram o teor do solo em matéria orgânica e estabilizam o pH, aumentando a qualidade da produção;

• No outono, pode ser necessário afastar esta cobertura do tronco, de maneira a manter enxuto o colo das árvores durante o inverno e a diminuir o perigo de ataque de ratos (esta prática será mais viável em pequenos pomares);

• Toda a vegetação usada no revestimento do solo é uma fonte de pólen e néctar, que, além de alimento dos polinizadores, é alimento de substituição das populações de insetos auxiliares durante os períodos em que há menos pragas (afídeos, ácaros, lagartas, etc.);

• É também necessário manter áreas cobertas de vegetação natural em volta do pomar, bermas de caminhos de acesso, taludes, sebes, muros mais ou menos revestidos de vegetação diversa, plantada e espontânea. Esta vegetação tem funções diversas: serve de abrigo, local de alimentação e de reprodução de inúmeros insetos e outros animais auxiliares, incluindo aves, mamíferos, répteis, etc.

Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura:

Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA
Divisão de Assistência Técnica à Agricultura /DATA
Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Telef.: 291 211 260