Meteorologia agrícola
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(LEGENDA) CLIMATOLOGIA Segundo os apuramentos meteorológicos de 1 a 7 de janeiro (ver quadro), mantiveram-se dum modo geral as condições do estado do tempo, clima ameno em todas as suas vertentes. Alguma nebulosidade com precipitação em especial na costa a norte. Atenção à frequência das regas, uma vez que ainda temos baixos níveis de precipitação. Ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP). A intensidade média do vento (ff), a fazer-se sentir duma forma moderada, não interferindo ainda, com a realização das mais variadas operações culturais. A previsão do estado do tempo para os próximos dias (até 17 de janeiro), sem alterações de maior, um pouco mais de nebulosidade que a semana anterior, mantendo-se os níveis de precipitação. Temperaturas a baixar gradualmente. Manter a monitorização das suas culturas. No seguimento das recentes plantações de morangueiro, uma vez que é muito suscetível a pragas, seguem algumas indicações das principais pragas desta cultura. Cultura do morangueiro - parte 4 Principais pragas do morangueiro Ácaros ou aranhiços Os Tetranychus sp. atacam, geralmente, a página inferior das folhas e pecíolos, picam os tecidos e sugam o conteúdo celular, dando origem ao aparecimento de cloroses e de bronzeamento. Formam teias para se protegerem das condições adversas, reduzem o crescimento vegetativo da planta, podendo, até, provocar a sua morte. As condições favoráveis são temperatura elevada e baixa humidade relativa. Os ácaros dispersam-se através do vento e pelo contacto entre plantas. Podem sobreviver nas estruturas das estufas, bem como no equipamento de um ano para o outro. Meios de luta Luta cultural e preventiva: Se a praga atinge poucas plantas deve proceder-se à eliminação das mesmas. Recomenda-se a rega por nebulização em períodos estivais, pois evita a eclosão de ovos, mas terá de ser bem gerida para não dar origem a podridões (ex: Botrytis). Luta biológica: Recorrer à largada de ácaros predadores, Phytoseiulus persimillis Athias-Henriot e Amblyseius californicus (McGregor). Luta química: Aplicação de abamectina de forma localizada ou fazer um tratamento generalizado. Tripes - Frankliniella occidentalis (Pergande) Os tisanópteros, vulgarmente conhecidos por tripes, são insetos de pequenas dimensões, que individualmente passam muitas vezes despercebidos. A maior parte dos tripes adultos têm forma alongada e possuem longas franjas nos dois pares de asas. As larvas apresentam aspeto similar, contudo, não possuem asas. Possuem colorações muito variáveis, dependendo da espécie, estado de desenvolvimento e época do ano. Na principal espécie, Frankliniella occidentalis (Pergande), a coloração dos adultos varia desde branco amarelado a acastanhado, e as larvas, pupas e pré-pupas possuem coloração amarelada. Os tripes são insetos minúsculos que nas regiões temperadas não ultrapassam 1,0-2,5 mm de comprimento. A reprodução pode ser sexuada ou partenogenética (reprodução realizada sem a intervenção do macho). A fêmea deposita os ovos de forma individual sobre o vegetal, onde se desenvolvem as larvas e os adultos. Instalam-se na página inferior das folhas jovens, botões, flores e frutos, picam e sugam os tecidos, repetidamente, com a sua armadura bucal escarificadora assimétrica. Os sintomas são manchas prateadas na superfície das folhas afetadas, abortamento de flores e deformações dos frutos. Algumas espécies de tripes são vetores de vírus. O inseto pode ser introduzido nas estufas juntamente com o material vegetal, por larvas e adultos que hibernaram no interior do túnel, em gretas, na estrutura e, inclusive, no solo e, também, pelo voo de adultos provenientes do exterior. Meios de Luta Limitação natural: A presença de fauna auxiliar, nomeadamente de Anthocoris sp. seguido de Orius sp., para controlar o fitófago. |
(NOTA) Mosquinha-branca - Trialeurodes vaporariorum (Westwood) Várias espécies de mosca-branca podem atacar o morangueiro, especialmente a espécie Trialeurodes vaporariorum (Westwood) conhecida por mosca-branca-das-estufas. Os adultos são de cor branca e medem cerca de 2 mm de comprimento. A fêmea coloca os ovos verticalmente na superfície da folha sobre a página inferior. As ninfas são achatadas e de cor amarelo-pálido. Tanto os adultos como as ninfas sugam a seiva e segregam melada pegajosa na qual se desenvolve um fungo, resultando na formação de fumagina. Podem transmitir vírus. Meios de luta Luta cultural: Remoção e destruição das folhas velhas, eliminação de restos culturais e de ervas daninhas, visando impedir a manutenção da praga. Limitação natural: Auxiliares predadores e parasitoides ajudam a manter níveis populacionais baixos. Lepidópteros - Lagartas São insetos cujos adultos possuem dois pares de asas membranosas cobertas de escamas e peças bucais adaptadas à sucção. O ciclo de vida é constituído por: ovo, larva (lagarta), pupa e imago (adulto). No estado adulto (borboletas) a fêmea coloca os seus ovos, geralmente, na página inferior da folha, nas flores e nos frutos. As pequenas lagartas ao emergirem começam a alimentar-se do vegetal, passando por vários estados larvares e só param de se alimentar na mudança de pele, consumindo tecido vegetal, como folhas, flores, botões florais, coroas e frutos. As espécies mais importantes encontradas no ambiente das estufas pertencem à família Noctuidae (noctuídeos) tais como: Agrotis spp., Chrysodeixis chalcites (Esper), Spodoptera litorallis (Boisduval), Lacanobia oleracea (L.) e Helicoverpa sp. Os períodos de maior risco são o outono e a primavera. Meios de luta Luta cultural: Eliminação de infestantes. Apanha à mão de lagartas seguida da sua destruição, bem como material vegetal onde eram encontrados ovos. Luta biológica: Tratamento biológico com Bacillus thuringiensis (Bt). Limitação natural: Os predadores generalistas são importantes na limitação da praga, como, por exemplo, os crisopídeos ao consumirem ovos e pequenas lagartas. Afídeos ou piolhos Principalmente, as espécies: Aphis gossypii Glover, Aphis ruborum Börner, Pentatrichopus fragaefolii (T.D.A. Cockerell) e Rhodobium porosum (Sanderson). Os afídeos são insetos de corpo mole, que podem apresentar cores variadas e que, em geral, medem 1 a 5 mm, com formas ápteras (sem asas) ou aladas (com dois pares de asas, um maior que o outro). Formam colónias e, geralmente, localizam-se na face inferior das folhas, nos pecíolos, inflorescências, flores e frutos, produzindo excrementos açucarados (a melada), onde se poderão instalar fungos (fumagina). Vetores de alguns vírus. Luta química (não de síntese): Aplicar extracto de óleo de limbio (sabão de potássio) e de «neem» (Azadirachta indica A. Juss). Esta espécie, vulgarmente designada em português por amargoseira, é uma árvore donde se extraem compostos pertencentes ao grupo dos limonoides, de entre os quais se destaca a azadiractina. Este composto intervém na limitação de insetos e ácaros, além de ter uma forte ação fago-inibidora, é um regulador de crescimento de insetos, afetando o seu crescimento, as mudas e a reprodução. |
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Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento, deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura: Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Telef.: 291 211 260 |
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