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Meteorologia agrícola
A informação técnica semanal ao seu dispor!

apuramentos meteorologicos (LEGENDA)

De 25 de setembro a 1 de outubro, a temperatura manteve-se estável, exceto nas zonas montanhosas, e dias com alguma nebulosidade. A intensidade média do vento fez-se sentir de forma moderada, não interferindo com a realização de operações culturais, nomeadamente a aplicação de produtos fitofarmacêuticos (PF), reiterando-se a necessidade de não serem feitas nas horas mais quentes do dia, uma vez que as altas temperaturas condicionam a aplicação dos PF.

As regas são de grande importância neste período e devem efetuar-se pela manhã ou à tarde, de acordo com as necessidades hídricas das culturas, dado que a precipitação foi quase nula, excetuando Santana.

A previsão do estado do tempo aponta para dias de alguma nebulosidade e com fraca precipitação a partir do dia 8 do corrente mês.

Deve-se-á manter a monitorização das culturas, nomeadamente os pomares de pomóideas, por forma a evitar ao máximo eventuais aparecimentos de podridões pós-colheita.

Pomóideas (macieira, marmeleiro, nashi, nespereira, pereira)

Doenças de conservação

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Podridões em pera

As doenças de conservação das pomóideas constituem cerca de 9/10 do total do risco de perdas.

As podridões de câmara são variáveis, consoante a origem geográfica da produção e as variedades a conservar, e podem muitas vezes ter origem em deficientes condições de conservação. No entanto, muitas podridões de conservação são devidas a fungos parasitas de ferimentos e vêm na fruta já do pomar.

As espécies parasitas de ferimentos com origem no pomar mais importantes são Monilia fructigena e Botrytis cinerea. Outra das três espécies parasitas de ferimentos é Penicillium expansum, com origem em fruta podre e outros restos presentes nos locais de triagem/calibragem, nas embalagens e mesmo dentro das câmaras frigoríficas.

Estas três espécies de fungos originam as perdas mais importantes durante o processo de conservação.

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Doenças de conservação em maçãs 
 

previsoes meteorologicas (NOTA)

A triagem e a pré-calibragem antes da entrada na câmara, permitem a eliminação de frutos deteriorados e com ferimentos, diminuindo assim os riscos de contaminação.

Outro tipo de fungos são parasitas latentes (lenticulares) e os seus sintomas na fruta só são visíveis após um período mais ou menos longo de latência na câmara. As espécies de fungos parasitas do “olho” das maçãs e peras começam o seu desenvolvimento no pomar, por vezes muito cedo.

As alterações visíveis são podridões secas de evolução muito lenta, que persistem durante a conservação, no decurso da qual evoluem e acabam por invadir toda a polpa do fruto. Os prejuízos mais importantes neste caso são devidos a Botrytis cinerea.

As podridões do coração aparecem apenas nas maçãs e têm origem em fungos que entram pelo “olho”. Esta contaminação pode dar-se no pomar, em qualquer momento da evolução do fruto, o que dificulta muito a aplicação de tratamentos preventivos racionais e eficazes. Por vezes, frutos que amadurecem prematuramente evidenciam a contaminação por estes fungos.

As podridões pedunculares atingem quase só as peras, cujo pedúnculo espesso e carnudo facilita a instalação de fungos que, a partir daí, invadem a polpa do fruto. A maioria dos tratamentos preventivos são dirigidos aos parasitas lenticulares no pomar, antes da colheita.

A luta contra os parasitas dos ferimentos nos frutos passa por precauções a tomar na colheita, na calibragem e triagem e durante o período de conservação.

Tratamentos curativos de pós-colheita podem ser feitos à entrada da câmara frigorífica, sobretudo contra podridões lenticulares.

O recurso ao controlo biológico de doenças de pós-colheita – biocontrolo – biofungicidas e bio-inseticidas, é a temática que abordaremos na próxima edição do DICA.

 

Sabedoria popular

Quem planta no outono, leva um ano de abono;

Em outubro pega tudo;

Por São Simão, favas no chão;

Quando o outubro for erveiro, guarda para março o palheiro.

Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura:

Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA
Divisão de Assistência Técnica à Agricultura /DATA

Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Telef.: 291 211 260

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