Meteorologia agrícola
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CLIMATOLOGIA Segundo os apuramentos meteorológicos de 7 a 13 de agosto (ver quadro), manteve-se a tendência das últimas semanas, verificando-se ainda temperaturas amenas, mas com tendência para o surgimento de dias de maior calor (dias de céu limpo). A intensidade média do vento a fazer-se sentir duma forma moderada, não interferindo com a realização de operações culturais, nomeadamente a aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos (PF), tendo a especial atenção de não as fazer nas horas mais quentes do dia. O vento forte e altas temperaturas, são fatores que condicionam a aplicação de PF. As regas são de grande importância neste período, e devem efetuar-se pela manhã ou à tarde e de acordo com as necessidades hídricas das culturas. Ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP), que indiciam claramente essa necessidade. A previsão do estado do tempo para os próximos dias (até 23 de agosto) aponta para que gradualmente venhamos a ter dias de céu limpo e temperaturas mais altas. Manter a monitorização das suas culturas, em particular os primeiros sinais/sintomas das pragas/doenças para poder atuar atempadamente. Solarização do solo em estufas e pequenas unidades de ar livre
Durante os meses de julho, agosto e setembro, os de maior calor e radiação solar, pode proceder à desinfeção do solo das estufas e de parcelas destinadas a hortofloricultura, ou outras. O método é natural e aproveita a energia solar. O procedimento é simples. Prepara-se o solo cuidadosamente com uma gradagem, rega-se bem (até à capacidade de campo) e cobre-se com plástico transparente. É uma técnica de desinfeção, não poluente, não perigosa para utilizadores e plantas, que provoca no solo uma alteração biológica favorável eliminando diretamente microrganismos prejudiciais bem como algumas sementes de infestantes que não resistem às elevadas temperaturas registadas. A solarização tem por base o aproveitamento da radiação emitida pelo sol no aquecimento de um solo, coberto com filme plástico transparente, muito fino (0,035 a 0,050 mm de espessura) e humedecido à capacidade de campo, numa profundidade de 0,8 m a 1,00 m, como forma de lhe aumentar a condutividade térmica. Podem usar-se plásticos usados, recuperados de estufas, por exemplo, desde que não tenham buracos. O filme plástico deve ser cuidadosamente estendido e preso a toda a volta com terra, para ficar bem ajustado e não sair do sítio. Deixa-se ficar o terreno coberto com o plástico o mais tempo possível (2 meses é ideal). O calor do sol e a radiação destroem fungos e bactérias, ovos, larvas e pupas de insetos e muitas sementes de ervas infestantes, como já referido. |
A Horticultura intensiva, tem originado o aparecimento de muitas pragas e doenças no solo; são exemplo os nemátodos e fungos diversos, sendo por isso necessário desinfetar os solos com regularidade. A desinfeção com produtos químicos é cara, pode ser perigosa (para a cultura, para o utilizador e para o meio ambiente) e os produtos químicos ainda homologados para realizar este tratamento, tendem a desaparecer. Na Região, as temperaturas estivais elevadas registam-se em especial nos meses de julho, agosto e setembro, sendo as épocas mais favoráveis a uma eficaz desinfeção do solo, principalmente nas estufas (desocupadas nesta altura), de forma económica e sem riscos. Princípios a respeitar na solarização do solo • Retirar possíveis focos de contaminação, nomeadamente raízes atacadas por nemátodos, plantas contaminadas com esporos de fungos etc; • Fazer a mobilização do solo e incorporação de estrume antes da solarização da parcela; • Nivelar o solo. Esta operação é importante para permitir que o plástico assente uniformemente, evitando deste modo a formação de bolsas de ar; • Regar a zona a solarizar. Esta rega destina-se a humedecer o solo, aumentando a condutibilidade térmica. Dependendo da secura do solo e das suas características físicas, aplicar valores da ordem dos 50-80 l/m2. É importante que o solo fique bem humedecido. Deste fator pode depender a eficácia do método; • Fechar a estufa durante 6 – 7 semanas; • Na Região, os meses de agosto e setembro com temperaturas elevadas e aproveitando o vazio cultural, são as épocas mais recomendáveis para aplicação da técnica de solarização dos solos. Depois do processo concluído podemos instalar de imediato a cultura. Caso seja necessário mobilizar de novo é conveniente desinfetar as alfaias a utilizar, com uma solução de hipoclorito de sódio. |
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Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura: Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura /DSDA Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar. Telef.: 291 211 260 |
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