(LEGENDA)
CLIMATOLOGIA
Até ao fim-de-semana está previsto períodos de chuva por vezes forte, sendo que a partir do dia 4 de dezembro está prevista uma melhoria do tempo, embora os dias sejam muito nublados e possam ocorrer aguaceiros de forma esporádica. Como tal, não será necessário efetuar regas, como se pode verificar no quadro, da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP).
Segundo estas previsões, teremos condições do estado do tempo favoráveis ao aparecimento de doenças, nomeadamente podridões.
Aconselhamento técnico
Nesta altura do ano, deveremos prestar atenção:
Batateira
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Figura 1 – Míldio na batateira |
Esta cultura está numa situação de elevado risco de desenvolvimento do míldio nos batatais. Para o controlo desta doença deve-se sempre dar prioridade à utilização de produtos preventivos. Existem no mercado um enorme número de matérias ativas que fazem esta função de forma muito satisfatória, como o mancozebe, manebe, zirame, calda bordalesa, entre outras. A utilização de produtos sistémicos deve ser feita de forma prudente, nunca fazendo mais de 2 a 3 aplicações por ciclo de cultura, de preferência com alternância da substância ativa, evitando o possível desenvolvimento de resistências à doença.
No combate ao míldio da batateira em Modo de Produção Biológico, apenas podem ser utilizados fungicidas à base de cobre.
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(NOTA)
Abacateiro
Nesta época do ano devemos estar atentos, à atividade do percevejo do abacateiro – Pseudacysta perseae, aos primeiros sinais da sua presença atuar de imediato com aplicação de Confidor O-TeQ (imidaclopride) numa concentração de 50ml/hl.
Uma outra praga a ter igualmente atenção é o aranhiço branco - Oligonychus perseae nas folhas. O ataque provoca a queda prematura das folhas, comprometendo a futura produção e expondo tanto os frutos como os ramos, a queimaduras pelo sol.
Assim, recomenda-se pulverizar os mesmos, molhando toda a copa, preferencialmente as páginas inferiores das folhas, devendo utilizar-se para tal: Vertimec 018 EC, numa concentração de 150ml/hl no máximo de 2 aplicações, fazendo o 1.º tratamento ao aparecimento dos primeiros sintomas e o 2.º tratamento três semanas depois, sendo de 14 dias o Intervalo de Segurança (período que deverá decorrer obrigatoriamente entre a aplicação e a colheita).
Tomateiro
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Figura 2 – Fusarium oxysporum no tomateiro |
Atualmente, na Região tem sido recorrente o aparecimento de uma doença denominada Fusarium oxysporum no tomateiro.
Uma vez que é difícil o seu controlo com produtos químicos ou biológicos, aconselhamos a implementação das seguintes práticas culturais: rotação de culturas, drenagem de solo, utilização de sistemas de rega (gota-a-gota), correção do pH do solo, incorporação de matéria orgânica no solo, adubações adequadas e utilização de variedades resistentes, ou em alternativa, a aquisição de plantas de tomateiro enxertados, os quais possuem um porta-enxerto resistente ao Fusarium oxysporum.
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