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Meteorologia agrícola
A informação técnica semanal ao seu dispor!

apuramentos meteo (LEGENDA)

CLIMATOLOGIA

Segundo as previsões para a próxima semana, haverá continuação de muita nebulosidade acompanhada de alguma precipitação, aumentando ligeiramente no período compreendido entre 20 e 27 do corrente mês. Temperaturas médias a baixar consideravelmente. As regas como consequência do aumento verificado da precipitação podem deixar de ser necessárias. Ver no quadro, os indicadores da Precipitação (P) e Evapotranspiração potencial (ETP) que indiciam claramente a possibilidade de acabar gradualmente com as regas.

Na Região, a distribuição da chuva ao longo deste ano foi muito irregular. Foi por isso indispensável regar as culturas no período do ano em que a chuva não chegou para assegurar a obtenção das produções desejadas, situação que se alterou agora com as chegadas das primeiras chuvas.

A rega constitui uma prática agrícola decisiva para melhorar a rentabilidade das nossas explorações agrícolas e assegurar o desenvolvimento e competitividade do setor.

Um bom uso da água de rega permite poupar um recurso escasso, necessitando de menor quantidade para obter a mesma produção. Ou, então, permite alargar a área de regadio da exploração. Em ambos os casos, reduz-se os custos de produção e aumenta-se a rentabilidade económica.

O objetivo principal é saber quando e quanto regar, de forma a adaptar, o mais possível, a época e a quantidade de água de rega às necessidades das culturas, evitando perdas desnecessárias.

A água deve ser fornecida à cultura com uma boa eficiência, reduzindo ao mínimo as perdas que se verificam ao longo do sistema de distribuição e na aplicação na parcela que deve ser uniforme em toda a sua extensão.

Nos locais em que os valores registados da precipitação (P) sejam superiores aos da Evapotranspiração potencial (ETP), ver quadro, poderemos reduzir a frequência das regas.

TRATAMENTOS FITOSSANITÁRIOS

Na aquisição dos produtos fitofarmacêuticos deve informar-se claramente das finalidades dos mesmos, assim como quais as culturas para o qual está homologado, ou seja, para as quais está autorizada a sua aplicação. Não esquecer, que é uma obrigação, registar no caderno de campo, as utilizações dos produtos fitofarmacêuticos.

Respeite o Intervalo de Segurança (IS) que é o número de dias que decorre entre a aplicação e a colheita. Consulte sempre o rótulo do produto fitofarmacêutico.

Sempre que possível deverá alternar o uso dos produtos fitofarmacêuticos por outros com a mesma finalidade, por forma a não permitir condições para o aparecimento de resistências.

As embalagens vazias dos produtos fitofarmacêuticos não devem ser colocadas nos ecopontos nem queimadas, deverão ser entregues nas lojas onde foram adquiridas.

Cuidados a ter na aplicação dos produtos fitofarmacêuticos uma vez que as condições do estado do tempo se alteraram com a chegada do outono.

As condições do estado do tempo influenciam de forma importante a eficácia dos tratamentos fitossanitários, mas também a segurança do aplicador e do ambiente. Recomendamos que antes de qualquer aplicação de produtos fitofarmacêuticos, tenha em linha de conta:

• Velocidade do vento
• Humidade
• Temperatura
• Precipitação

Velocidade do vento

O vento em excesso diminui a qualidade de repartição das gotas de pulverização e consequentemente a capacidade de absorção pelas plantas assim como perdas do produto fitofarmacêutico na aplicação por arrastamento.

Recomendação: deverá escolher horas do dia em que a velocidade do vento é, de um modo geral, mais reduzida.

Humidade e temperatura

Temperaturas elevadas e humidade relativa baixa (<60%) favorecem a perda de eficácia dos produtos por evaporação das gotas mais finas. Deste modo, se a humidade do ar for elevada, as gotas de pulverização atingem mais facilmente o seu alvo, evitando a evaporação e posterior deposição em outros locais.

Recomendação: a aplicação de produtos fitofarmacêuticos não deve ser efetuada nas horas mais quentes do dia.

Precipitação

A ocorrência de precipitação após o tratamento é um dos principais fatores de transferência dos produtos fitofarmacêuticos para a água (risco de lexiviação – movimento através do solo - e arrastamento superficial).

 

previsoes meteo (NOTA)

Esta transferência reduz a eficácia dos produtos e pode contribuir para a contaminação das águas.

Recomendação: é fundamental conhecer a previsão do estado do tempo (neste caso concreto, os níveis de precipitação) antes de efetuar a aplicação dos produtos fitofarmacêuticos.

Se a chuva obrigar a uma nova aplicação, esta multiplicará o risco de contaminação do meio ambiente e representa um custo suplementar.

Nunca é demais lembrar que temos de avaliar bem o local onde iremos fazer os tratamentos fitossanitários. Evite aplicar produtos fitofarmacêuticos demasiado próximo de cursos de água, estes são pontos sensíveis à contaminação da água com produtos fitofarmacêuticos. Sendo as zonas agrícolas áreas em que os cursos de água ocorrem em grande número deveremos proceder com cuidado para não contribuirmos para uma contaminação mais alargada do ambiente.

Não devemos esquecer que estes pontos de água podem ser uma fonte de água potável (para o Homem e animais) e ainda que a água é um recurso limitado essencial à vida.

Nunca esquecer o uso apropriado do vestuário de proteção, designado por EPI (equipamento de proteção individual) de forma a evitar, qualquer situação de risco para a saúde do aplicador.

Convém lembrar que estão a ser realizadas ações de sensibilização ao longo deste e do próximo mês, sobre a aplicação de produtos fitofarmacêuticos e quem ainda não frequentou esta ação poderá faze-lo, inscrevendo-se no site da Secretaria Regional de Agricultura e Pescas (www.madeira.gov.pt/srap), ou aparecer nos locais onde vão ser ministradas essas ações, inscrevendo-se no momento. Obtenha informações junto dos serviços agrícolas da sua freguesia, juntas de freguesia ou casas do povo, sobre a calendarização destas ações.

Deveremos continuar com as observações às culturas por forma a detetar precocemente quaisquer sinais ou sintomas de pragas/doenças, como tem vindo a ser recomendado

- Anoneiras

Monitorizar as anoneiras na tentativa de detetar a presença da cochonilha algodão. No caso se verificar a sua presença, poderemos aplicar o Imidan 50 WP (fosmete) numa concentração de 60g/hl.

Podemos realizar tratamentos preventivos para combater a antracnose (sintoma fitopatológico resultante da infeção das plantas por vários agentes etiológicos, entre os quais várias espécies de fungos, em geral pertencentes aos géneros Colletotrichum e Gloeosporium) utilizando sulfato de cobre vulgarmente conhecido por ‘Calda Bordalesa’ (ver instruções do rótulo).

- Maracujazeiro (Na Região é usado o termo maracujaleiro)

Realizar tratamentos preventivos para combater a antracnose utilizando sulfato de cobre (calda bordalesa), com já atrás referido, ou ainda, utilizando também um produto fitossanitário designado por ORTIVA (s.a,.: azoxistrobina) que também previne a septoriose.

A aplicação de calda bordalesa no combate da antracnose também previne o aparecimento de outras doenças tais como:

• Tombamento ou Damping off (causado pelos fungos Rhyzoctonia, Fusarium e Phytophthora)
• Verrugose ou cladosporiose (causada pelo fungo Cladosporium herbarum)
• Alternariose (causado por fungos do género Alternaria)

Manjericão (Ocimum basilicum L.), foi concedida a extensão de autorização dum produto fitofarmacêutico – CUPRITAL SC (cobre)/SAPEC, para usos menores, no combate ao míldio (Perenospora belbahrii), no ano anterior.

Poderá desde já efetuar tratamentos preventivos, por forma a evitar o aparecimento do fungo, de acordo com as instruções do rótulo.

Continuar a preparação das terras para as sementeiras e plantações de outono-inverno, procedendo à correção da reação do solo e à incorporação de composto.
Na sucessão das culturas hortícolas (rotação), técnica cultural muito utilizada na Região, é de todo conveniente alternar com uma leguminosa, para que haja um equilíbrio de azoto no solo, retardando ao máximo o esgotamento do solo neste nutriente.

Um sistema de mobilização mínima garante as condições para um bom crescimento das culturas, com um número mínimo de passagens sobre o terreno e, ao mesmo tempo, a proteção do solo contra a erosão.

Quanto maior o risco de erosão do solo mais restritivo deve ser o sistema de mobilização. A utilização da charrua ou de alfaias rotativas deve ser muito bem ponderada, uma vez que conduzem a um maior risco de perda de solo por erosão.

Para mais informação relativamente à prevenção e/ou tratamento deverá contactar o seguinte serviço da Direção Regional de Agricultura:

Direção de Serviços de Desenvolvimento da Agricultura
Correio eletrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Telefone: 291 214 310

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