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Os produtos fitofarmacêuticos são mais ou menos tóxicos para o homem, os animais e o ambiente. Em particular para o ser humano, essa perigosidade mede-se através da sua toxicidade aguda por ingestão, por via respiratória e do contacto com a pele; da irritação da pele e olhos; da sua toxicidade crónica (efeitos da ingestão diária ao longo da vida de uma pessoa); da possibilidade de provocar o cancro; dos efeitos na reprodução e no desenvolvimento de fetos; das alterações genéticas e dos efeitos no sistema nervoso.

Assim, não esqueça:

- nunca se desfaça das embalagens vazias de forma descuidada;
- nunca deite as embalagens vazias: nos campos (terrenos de cultura ou incultos), nos cursos de água (ribeiras, levadas) ou nos contentores de resíduos urbanos;
- nunca queime as embalagens na exploração agrícola ou em qualquer outro lugar;
- e nunca reutilize as embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos, pois podem ter resíduos de produto.

Não esqueça ainda que nem todas as embalagens podem ser lavadas. Só as embalagens rígidas de capacidade inferior a 25l e que tenham contido um produto para aplicar através de preparação de uma calda, devem ser lavadas obrigatoriamente.

As restantes devem ser esgotadas do seu conteúdo e guardadas como tal.

Caso seja possível, proceda sempre à tripla lavagem, cujo procedimento é o seguinte:

1. Vazar completamente o conteúdo da embalagem no tanque de pulverização (foto 1);
2. Encher a embalagem com água até um quarto da sua capacidade (foto 2);
3. Tapar e agitar vigorosamente durante alguns segundos (foto 3);
4. Deitar a água no tanque de pulverização (foto 4);
5. Repetir mais duas vezes os passos 2 a 4.

 triplalavagem1  triplalavagem2  triplalavagem3  triplalavagem4
foto 1 foto 2 foto 3 foto 4
(nota: fotografias extraídas, com o devido agradecimento, do sítio da Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas - ANIPLA)

Para o acondicionamento nos sacos, deve utilizar um saco adequado (plástico resistente e com sistema de fecho incorporado) e com a dimensão mais adequada às necessidades (consumo médio anual) do agricultor: 50l, 115l ou 600l.

Antes de serem colocadas nos sacos, as embalagens devem ser inutilizadas (perfuradas) e comprimidas. É ganho espaço, poupada energia no transporte e economizam-se sacos.

Não esquecer de apensar/colar a cada saco um rótulo (pode ser manuscrito, mas tem de ser legível e manter-se intacto) com a menção "Embalagens Vazias de Pesticidas", mais indicando o ano de completo enchimento e fechamento do saco em causa.

Um saco só deve ser entregue para o tratamento depois de estar cheio, e com a "boca" atada, com o atilho nele incorporado.

Proteja-se a si, a sua família, os animais (nunca se esqueça das abelhas polinizadoras) e, consequentemente, o ambiente.

Paulo Santos