Os hortícolas regionais: a qualidade não tem preço |
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O consumo de bens alimentares tem aumentado com a globalização e os consumidores, mais informados e sensibilizados para os problemas da segurança alimentar, dão cada vez mais importância à proveniência dos alimentos que consomem. Neste sentido, apesar da conjuntura desfavorável vivida nos últimos anos, verifica-se um aumento nas grandes cadeias retalhistas da venda de hortícolas de produção regional, resultante da crescente preocupação do consumidor com a origem dos produtos e a sua qualidade, frescura e sabor. Considerando a maior presença de produtos regionais nas prateleiras das nossas lojas, torna-se importante fazer uma abordagem comparativa à média das cotações de 10 hortícolas mais comercializados, de origem regional e externa, nas cadeias retalhistas, durante todo o ano de 2013, de modo a avaliar o diferencial de preços entre os produtos regionais e os de outras origens. Assim, analisou-se as cotações médias de abóbora amarela, alho francês, batata de conservação, cebola de conservação, cenoura, curgete, brócolo, couve-flor, tomate e feijão-verde, com os seguintes resultados: |
Assim, constata-se que os hortícolas de produção regional são comercializados, na sua generalidade, a preços idênticos aos de origem externa, sendo o diferencial de preço de apenas 0,11 €, aproximadamente. O diferencial de preços é em muito resultante das condições de exigência que a agricultura regional necessita, originada por uma orografia específica que carateriza a Madeira, todavia, é largamente compensado pela maior frescura e qualidade dos produtos adquiridos. De igual modo, a intensificação do consumo de hortícolas regionais permitirá aos produtores da Região escoarem os seus produtos e a preços mais competitivos, garantindo a defesa da agricultura madeirense e o direito do consumidor comprar produtos de melhor qualidade e a melhores preços.
Lucília Lourenço |
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