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A Rede de Informação de Contabilidades Agrícolas

RICA1A Rede de Informação de Contabilidades Agrícolas (RICA) trata-se de uma rede que agrega as contabilidades de explorações agrícolas europeias, ou seja, é transversal a todos os membros da União Europeia (UE).

Foi criada em 1965 (antes da integração de Portugal na CE), pelo Reg. n.º 79/65/CEE de 15 de Julho, que estabelece as bases legais para a organização da rede, apoiando-se na participação voluntária dos empresários agrícolas.

RICAlogoDesta forma, a colheita de dados contabilísticos de empresas agrícolas passa a ser uma obrigação dos Estados Membros da CE, que criaram serviços específicos para tal, nomeadamente um central (no Ministério da Agricultura) e outros regionais, em cada zona do País, que reportam os elemento colhidos àquele.

Como é óbvio, não é possível colher estes dados em todas as explorações, havendo que efetuar uma amostragem significativa da realidade agrícola nacional, que se constitua como um retrato de cada zona/país.

 

 

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As explorações são assim escolhidas segundo três critérios:

- Região (a Madeira tem um gabinete específico para este fim)
- Dimensão económica (pequena, média ou grandes explorações)
- Orientação técnica-económica (policultura, viticultura, fruticultura, horticultura intensiva, etc.)

Esta rede comunitária de informação tem como principais objectivos avaliar os níveis de rendimento dos principais tipos de exploração prevalecentes nas regiões/países e disponibilizar informação para a preparação e acompanhamento das medidas de política agrícola e de desenvolvimento rural. Permite ainda avaliar o impacto das medidas da Política Agrícola Comum.

Na Madeira, a recolha desta informação é feita por contacto directo de um técnico da Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais com os agricultores, com a garantia que a informação transmitida é sigilosa.

O Gabinete RICA regional tem realizado um trabalho eficaz e de qualidade, contando para tal com a colaboração dos agricultores, colaboração essa que é fundamental para o desenvolvimento deste trabalho, de incontornável importância para a RAM.

Os agricultores aderentes contam ainda com a ajuda dos técnicos, nomeadamente na organização dos registos contabilísticos da sua empresa e na elaboração de mapas exigidos pelas ajudas IFAP ou do POSEI, entre outros.


Ricardo Costa
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural