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A proteção integrada – conceitos fundamentais

prot integrada1No seguimento do artigo publicado na edição n.º 49 do DICA, estes são os conceitos fundamentais da proteção integrada:

Estimativa de risco - avaliação quantitativa dos inimigos das culturas e análise da influência de certos fatores nos prejuízos que possam causar. Implica o conhecimento e a utilização de técnicas do risco, quer sejam quantitativas (observação visual, técnicas das pancadas, cintas armadilhas, etc.) quer sejam qualitativas (dados meteorológicos, Tabela de Mills & Laplace, etc.) e permite avaliar as potencialidades de risco para as culturas provocadas pelos inimigos e a oportunidade de tratamento;

Nível económico de ataque - intensidade de ataque de um inimigo da cultura, a que se devem aplicar medidas limitativas ou de combate para impedir que a cultura corra o risco de prejuízos superiores ao custo das medidas de luta a adoptar, acrescidos dos efeitos indesejáveis que estas últimas possam provocar;

Tomada de decisão - avaliação de quais os meios de luta a utilizar e qual o momento mais adequado para impedir os prejuízos não desejados provocados pelos inimigos das culturas.

Em proteção integrada, recorre-se à utilização racional, equilibrada e integrada dos seguintes meios de protecção:

Biológico - consiste, sobretudo, em recorrer à ação (ex.: largadas) de certas espécies de artrópodes ou de patogénicos, a fim de reduzir as populações dos inimigos das culturas;

Biotécnicos - utilização de hormonas e reguladores de crescimento dos insectos, feromonas, substâncias esterilizantes (Luta Autocida), inibidores de alimentação, etc.;

 

prot integrada2Genéticos - introdução de cultivares mais resistentes;

Culturais - rotações e épocas e densidades de sementeira;

Químicos - de preferência seletivos e os menos tóxicos para os organismos auxiliares, homem e ambiente.

A Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural desenvolveu guias em proteção integrada para as diferentes culturas.

Estes guias indicam a melhor altura ou período de maior risco de ataque e em que devem ser realizadas as observações para uma eventual intervenção. Uma adaptação, regional ou local, no pomar deve estar sempre presente quando se procurar por em prática os aspetos propostos nesses guias.

Bibliografia consultada:

Protecção Integrada – Certificação ambiental e de sustentabilidade na agricultura. Disponível em http://consumidores.extensity.pt/40/proteccao-integrada.htm.

Bayer CropScience Portugal. Disponível em http://www.bayercropscience.pt/internet/empresa/artigo.asp?seccao=60

 


Paula Rocha
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural