1 1 1 1 1 Pontuação 5.00 (1 Votos)

Produção de matéria verde na RAM para alimentação animal

pastagem1Na Região Autónoma da Madeira a produção animal raramente tem a si associada a produção de matéria verde dedicada. Assim, na maior parte das situações os produtores pecuários de bovinos de carne ou de leite, de ovinos e de caprinos baseiam a alimentação dos seus animais em termos de forragem verde ou seca num sistema de recolha permanente e constante, assente na produção natural de matéria verde sem qualquer tipo de controlo sobre a mesma, quer em termos de espécies utilizadas quer em termos de épocas de produção.

Na situação anteriormente descrita, a correta nutrição dos animais em termos de matéria verde e/ou seca assume uma significativa inconstância, quer em termos nutritivos quer em termos de disponibilidade temporal, provocando quebras de relevo nas expetativas produtivas dos animais utilizados.

Tal situação leva a que os produtores pecuários de maior dimensão sejam obrigados a recorrer muito a alimentos compostos, cujas matérias-primas são todas importadas, andando numa autêntica "roda viva" de recolha diária para conseguirem alguma matéria verde para a alimentação dos seus animais.

 

pastagem2Desejando o produtor produzir matéria vegetal verde para a alimentação animal poderá contar, de forma muito simplificada, com duas épocas de produção: outono/inverno e primavera/ verão.

Na primeira, poderá optar por uma consociação entre gramíneas (por exemplo, aveia) e leguminosas (por exemplo, ervilhaca), devendo semeá-las no final do verão, princípios de outono, logo antes ou imediatamente após as primeiras chuvas.

Deverá efetuar um primeiro corte aos 25 - 30 cm de altura e efetuar um segundo aquando da floração e formação da vagem na ervilhaca.

O ciclo primavera/ verão poderá assentar numa qualquer variedade de milho (de preferência com aptidão forrageira), sendo que, para melhor garantir a produção, o terreno deverá ser irrigado.

O milho deverá ser cortado quando a espiga já estiver no início da sua formação, já com o grão visível.

 

Paulo Rodrigues
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural