A acelga é uma planta da família das Quenopodiáceas e o seu nome botânico é Beta vulgaris L. var. cicla (L).
É uma planta herbácea bianual, com caule rijo, folhas grandes de forma oval que cobrem o pecíolo até à sua inserção e cujas nervuras podem ser rugosas ou lisas, de cor verde ou vermelho. A raíz é profunda e fibrosa. As flores dispõem-se em espigas, sendo necessário ocorrer um período de frio para se dar a floração e o fruto é do tipo aquénio.
A acelga é conhecida por ter um alto teor nutritivo e grandes quantidades de vitamina K, A e C. É rica em minerais (sódio, magnésio, potássio e ferro), fibra alimentar e proteínas, tendo propriedades diuréticas, antioxidantes e digestivas.
As temperaturas ideais para o desenvolvimento da acelga variam entre os 16 Cº e os 18 Cº. Os solos devem ser profundos, com boa porosidade e ricos em matéria orgânica e é pouco tolerante à acidez.
É uma cultura cuja sementeira em viveiro pode durar entre 30 a 40 dias. A transplantação para o terreno definitivo deve respeitar um distanciamento de 25cm entre plantas e 35cm na entrelinha mas este compasso pode ser aumentado no Outono/Inverno para 30cm entre plantas e 40cm na entrelinha.
As regas devem ser frequentes, de forma a manter o solo sempre húmido. Ao longo do ciclo da cultura recomenda-se a monda das infestantes ou, então, a cobertura do solo, de forma a evitar as mesmas.
As principais pragas que afetam esta cultura são as lagartas, os afídeos, os ácaros e lagarta mineira das folhas. Por sua vez, as principais doenças são o míldio, a podridão cinzenta e bacterioses.
A primeira colheita é realizada 60 a 70 dias após a sementeira e os cortes fazem-se entre os 12 a 15 dias seguintes. Outro indicador do momento ideal para a colheita é quando a folha atingir entre os 20 a 25 cm de comprimento.
A produção de acelgas varia entre os 2,5kg/m2 no Outono/Inverno e os 4kg/m2 na Primavera/Verão.
Avelino Freitas
Direção Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural